terça-feira, 29 de junho de 2010

Chegou a hora...

Naquele sábado tomamos o caminho para encontrá-lo. Pela última vez. Seus tristes olhos me olharam com dificuldade em seu último dia. Chorei. Mas tive força de ainda dizer que eu o amava. E agradeço por ter tido essa chance!
No dia seguinte a manhã trouxe um sol tímido. Era inverno de um ano cujo algarismos somavam três. O telefone tocou cedo.

Aquele era um dia diferente! Não porquê o céu estava de brigadeiro, ou porque a cerração insistia em esconder a paisagem, mas a energia daquele amanhecer estava diferente, estava triste. Ele tinha sido levado pela vida.


Talvez todas as nossas atitudes nesta vida são insuficientes perante estas perdas. Queria eu ter o dom de arrancar aquilo que insistia em levá-lo embora. Queria eu ter o dom de parar o tempo em seus mínimos detalhes, queria eu ter o poder de decidir que não houvesse mais fim.

Mas o único poder que eu tive naquele dia foi o de aceitar que sua 'cama mágica' o conduziria para um lugar melhor, e que de lá ele estaria OLHANDO por nós.

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