sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Mais do que nos julgaram ser...

Tudo começou em 11 de fevereiro de 2008...

Novo rumo, nova casa, novos amigos, nova faculdade... Não que eu tenha deixado meus sonhos naquele lugar, não que eu tenha abandonado todas as conquistas e desafios vividos lá... Simplesmente confiei nos planos...

Aquele ano foi sim diferente, em termos de reconhecer que o curso era o certo, as expectativas eram reais, reconhecimentos viriam, em alguns momentos arrependimento, em outros a necessidade de "arquivar" novamente os sonhos. Mas quando estamos fazendo o que gostamos, de uma maneira saudável, as coisas boas surgem naturalmente.

E assim me entreguei. Com dois meses já conseguia uma posição profissional, aplicando um conteúdo, ainda imaturo, no dia-a-dia... mesmo com duas atividades cotidianas, ainda me sobrava tempo de dedicação à minha outra metade... a vida também ainda não tinha levado meu avô e teoricamente estava tudo em equilíbrio no interior das quatro paredes do nosso castelo... Eu sabia que com o tempo muitas situações mudariam.

Pouco mais de um ano depois...
O amadurecimento no trabalho não demorou, a carga horária aumentou, a finalização da vida acadêmica uma hora exigiria mais de mim, meu pequeno homem sentiria cada dia mais a minha falta, mas tudo isso ainda não me assustava ... em algum momento o consumo físico do tempo iria se acalmar, em pouco tempo o "corre-corre" e compromissos seriam menos intensos... eu sentia e acreditava que a minha retaguarda estava ciente de que os desafios não eram assim tão simples...

Me enganei!
Sem demagogia preciso reconhecer que eu quis "voar além do sol, encostar a mão no céu", mas nem sempre tentar ser melhor é assim tão fácil. Quando descobrimos que sorrisos são disfarces e atitudes são mecanizadas, perdemos o chão e tudo o que imaginamos simplesmente perde o sentido. A construção do escudo foi apenas uma criação minha, ou melhor, uma miragem, eu enxergava o escudo, mas ele não existia.


Ainda há um pequeno trecho para percorrer até eu ter a chance de ser, realmente, o porto-seguro completo que o pequeno príncipe merece. Em breve, muitos pesos que, sem maldade, eu coloquei nos ombros de outros, serão enfim removidos!
Não tenho vergonha de dizer que minhas lágrimas hoje são de tristeza, estou certa que elas logo logo vão ser motivos para ser cada dia mais forte..

Mostro agora o futuro de forma metafórica, não me importo se parecer dramático, infantil ou mesmo "sem noção": logo adiante há uma estação de trem, e muito em breve, segurando bem firme a mãozinha do príncipe pegaremos o rumo certo, felizes por caminharmos sozinhos, com nossos próprios pés. Caminharemos para frente, cada dia mais... olharemos para trás sim, com os olhos de gratidão, mas com certeza, olharemos para trás para termos certeza de que todos os desafios foram superados, e mesmo com as críticas conseguimos ser mais do que nos julgaram ser...

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