quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O dia que não terminou...

Às cinco da manhã meu sono foi brutalmente interrompido por aquela viagem. Confesso que estava empolgada, afinal, qualquer mulher em sã consciência ficaria feliz em saber que passaria a tarde na tão sonhada (tirando todos os seus defeitos) rua de São Paulo, 25 de Março.

O motivo real da ida a São Paulo era (e foi) fazer um Seminário para Jornalistas na Associação do Comércio e Indústria de São Paulo. Até aí tudo certo, mesmo porque a programação do evento ocupava apenas o período matinal. Para causar boa impressão, levando em conta o porte da entidade da qual estávamos indo visitar, fomos (eu e a Loira) de botas. Mas como prevenidas mulheres que somos, tratamos de levar um outro par de sapatos confortáveis para nos acabar na "25".

O que não esperávamos era que nossas ilustres companhias, que de quebra ocupam dois dos altos cargos da hierarquia da empresa, fossem acabar como nossa felicidade. Após 3 horas de palestras finalmente encontraríamos a gloriosa rua dos sonhos de consumo. Mas antes de descermos a famosa Ladeira Porto Geral, lembramos da necessidade de trocarmos nossas belas botas e "se jogar" morro abaixo. Foi aí que veio a boa má notícia:

- "Ninguém mandou vocês duas virem de salto, vão ter que aguentar!"

Pior seria um balde de água fria na cara! De um lado a loira segurando as sacolas de uma das nossas companheiras, do outro eu já não sentia meus pés. E assim conseguimos andar míseras cinco horas sob salto e ainda levar a quatro mãos tudo o que elas compraram. Já haviam me dito que vida de assessora não era fácil, mas estar na "25" com os pés doendo, vontade insana de comprar tudo e ainda por luxo levar sacolas que não nos pertenciam, foi traumatizante.

Por fim, e chegando ao Mercadão de São Paulo tudo o queríamos era sentar. Mas o sentar estava mais longe do que imaginávamos. Num ato desesperado ligamos para o motorista ir nos encontrar. Mais uns 20 minutos de espera e corremos para o portão 11 onde finalmente encontraríamos a salvação. Enfim, conseguimos sentar. Já dentro do carro, esperamos por cerca de 15 minutos até que elas foram nos encontrar. Pensei: "Até que enfim! Vamos para casa!". Ah tá!

Tinha me esquecido que deveríamos encontrar com um motoboy que entregaria uma encomenda da empresa. Seguimos em direção ao shopping (faço questão de nem me lembrar o nome), almoçamos, compramos nossos "pedidos" de Mac Donald's e esperamos, esperamos, esperamos... Encomenda recebida, hora de partir.

Foram quase duas horas de trânsito na Marginal Tiête e eu só queria chegar em casa. Este intervalo de tempo foi suficiente para eu dormir tudo o que deveria na viagem inteira de volta. Quando eu acordei, ainda estávamos na saída de São Paulo e de repente todas dormiram. Fiquei de olhos estalados durante todo o percurso com um motorista que não passava dos 90 km/hora. Quanto mais eu rezava menos ele acelerava. Por fim e como meu dia já estava interminável resolvi cansar ainda mais na baladinha do República, só que com um diferencial, não fui de botas.

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